Acessibilidade nos condomínios: você sabe por onde começar?

Acessibilidade nos condomínios: você sabe por onde começar?

Chegar em casa depois de um dia corrido e cansativo é uma das melhores sensações da vida, não é mesmo? E para as pessoas que precisam de algum tipo de assistência para se locomoverem não é diferente.

Pensando nisso é que a partir desse ano os condomínios devem pensar em projetos de acessibilidade para que o bem estar dos moradores possa ser priorizado em sua totalidade.

Já pensou encontrar o apartamento dos seus sonhos, mas ter de repensar a compra porque a estrutura não está preparada para atender as suas necessidades físicas? Essa ainda é uma realidade em muitos empreendimentos espalhados pelo Brasil, ainda mais quando se fala em prédios antigos que não pensavam em atender pessoas portadoras de alguma deficiência ou até mesmo idosos. O fato é que os condomínios recebem um público diversificado e precisam estar atentos para sair na frente e atender essa fatia do mercado.

ACESSIBILIDADE NO CONDOMÍNIO

Pensar em acessibilidade no condomínio vai um pouco além de rampas de acesso e precisam do aval técnico de engenheiros e arquitetos com especialidade no assunto. Isso porque nem sempre as adaptações são adequadas para a estrutura do prédio e o síndico precisa estar atento para mapear o perfil dos moradores na hora de implantar as melhorias.

Independente do empreendimento, além de portadores de necessidades especiais, o público pode variar em termos de restrições à mobilidade. É preciso levar em consideração moradores que são obesos, que estão grávidas, pessoas que podem estar com a mobilidade reduzida devido a algum acidente e, em especial, os idosos, população que tem crescido consideravelmente nos últimos anos.

O QUE CONSIDERAR

Desde janeiro de 2016, os condomínios são obrigados a oferecer soluções e melhorias na acessibilidade dos condôminos. A lei federal nº 13.146, sancionada em 6 de julho de 2015, deve estar em conformidade com a lei federal de acessibilidade, de nº 10.098/2000, que “estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”.

Sendo assim, na hora de planejar as melhorias e adaptações para assegurar o bem estar dos seus condôminos, o síndico precisa considerar fatores como:

  • Rampas: nem sempre elas são ideais ou a estrutura predial permite esse tipo de adaptação. Em casos assim, o uso de plataformas elevatórias pode ser uma solução mais eficaz.
  • Pisos e Elevadores: a melhor opção é colocar sinalização tátil e colocar informações em Braille nos elevadores.
  • Iluminação: não deixe essa parte em escanteio. Boa iluminação e o uso de cores claras em todos os ambientes são essenciais para atender os mais diversos tipos de necessidades visuais que seu condômino pode vir a ter.

Lembre-se sempre que para iniciar qualquer intervenção é importante contratar um engenheiro ou arquiteto, pois essas alterações precisam estar em conformidade com normas técnicas muito específicas. O ambiente do condomínio só traz benefícios para quem mora nele e como síndico, pensar em soluções para atender a necessidade de todos torna o ambiente muito melhor.